sexta-feira, 6 de maio de 2011

Lord Snow, 01x03: Jamais subestime um bom conselho.

Eu, Bee da casa Andradeon, Senhora de Kazeland, Lady Protetora de Taguatinga Norte, sentencio vocês a lerem mais uma resenha, em nome de Bell, a primeira de seu nome, Rainha de The things I do for Love, dos críticos, dos geeks e das primeiras resenhas, na condição de Mão da Rainha.

Sem lencinhos neste episódio, galera. Até porque, agora que chegamos à King’s Landing o negócio vai ficar punk, afinal é na capital que rola toda intriga e todo jogo de poder que dá nome à série (e essa parte, pelo menos pra mim, pessoa que vive em Brasília, faz um sentido tremendo).

Um episódio que vai partir do princípio que o espectador já sacou o básico da trama e começa a desenvolver mais o contexto no qual os personagens estão inseridos. Estejam avisados, os spoilers vão começar!
Começamos com Eddard chegando com as filhas para se instalar na Torre da Mão, mas nem bem o cara desce do cavalo e já é levado à presença do Pequeno Concelho, que funciona como uma assessoria de gabinete para o rei de Westeros. E para o espanto de todos (nem tanto) temos a confirmação de que Robert Baratheon está mais interessado em destruir seu fígado e comer qualquer coisa de saias que passe na frente dele do que em governar o reino.
O que acontece é que o Pequeno Conselho é que acaba governando de fato e isso concentra uma grande quantidade de poder nas mãos de Mindinho (tesoureiro), Varys (eunuco chefe de espionagem), Gran Maester Pycelle e Renly Baratheon (irmão mais novo do rei). O que acontece quando o gato sai? Os ratos fazem a festa. Não é surpresa que Westeros esteja atolado em dívidas, sendo a família Lannister a principal credora.
Pra piorar a situação de Lord Stark só mais um pouco ele ainda tem de lidar com as disputas domésticas entre Arya (armada e perigosa) e Sansa (lesada e irritante). Preciso dizer que foi declarada a guerra entre elas?
O dilema de Sansa é voltar às graças de Joffrey e da rainha, ainda que ela tenha que deixar de lado sua própria família para isso. Já Arya percebe de forma bem nítida que não existem amigos na capital. Ned descobre que a filha mais nova tem uma espada e, ao contrário do que se poderia esperar, ele não só permite que ela fique com a espada, como também providencia um mestre de armas para ensiná-la a lutar.
Prestem muita atenção nesta cena, porque ela mostra claramente a filosofia Stark de ser. Eles são lobos e os lobos não sobrevivem sem uma matilha. O inverno está chegando e eles estão numa terra cheia de inimigos, sozinhos eles serão derrotados. Ned pede à filha que não odeie Sansa e eu me pergunto porque ele não pediu o mesmo à mais velha. De qualquer modo, outra coisa que me chamou a atenção é a postura de Arya na cena. Mesmo que ela seja taxada como selvagem e masculina sucessivas vezes na história, ela se senta, fala com o pai e mantém as mãos posicionadas numa postura bem altiva até. O desprezo pelos bons modos é uma retaliação e uma negação a tudo o que Sansa se orgulha em ser, mas isso não significa que ela não consiga ser uma lady diante da necessidade.

Enquanto isso, Cersei e o filho odioso começam a trocar idéias sobre as medidas que Joffrey tomará quando for rei. O menino está injuriado com a idéia de ter de se casar com Sansa depois do episódio na estrada e a mãe diz que ele não tem que gostar dela, apenas atura-la tempo o suficiente para que tenham filhos. Joffrey sugere aumentar os impostos do Norte e criar um exército único para o reino, ao invés de mendigar apoio de outros lordes. Cersei tira essa idéia da cabeça do moleque apontando como o Norte é selvagem de mais e perigoso de mais para ser domado.
A Coisa Tully, Cabeça de Bagre Mor (que também atende pelo nome de Catelyn, Lady Stark e agente do CSI nas horas vagas) finalmente chega à capital e seu plano de passar despercebida não funciona muito bem. Ela dá de cara com seu velho amigo de infância, Petyr Baelish (também conhecido como Mindinho) e descobre a procedência da adaga que quase matou Bran. Ela acaba se encontrando com o marido, mas vamos dizer que rola uma tensão entre Stark e Mindinho, já que ele tinha uma queda (eu diria um precipício) pela Cat. Entretanto eles chegam num entendimento amistoso, envolvendo um quase estrangulamento, mas fica tudo na paz.

Enquanto isso, no lado lindo, moreno, sarado, da cor do pecado (oi, alguém não se tocou que estou falando dos Dothraki?)...Visserys fica putinho por estar recebendo menos atenção que a irmã e se revolta por ela ter dado uma “ordem” a ele. O moleque não se tocou que quem manda no kalassar depois do Drogo é ela e no auge de sua indignação levanta a espada pra atacar a Danny e...Dá de cara com a grama e um chicote amarrado no pescoço. Lá se vai o último resquício de amor fraternal (se é que já houve algum) entre eles e Visserys é proibido de andar a cavalo e passa a seguir a trupe a pé, como um escravo faria. Depois disso a Danny se toca de que está com barriguinha e prega um adesivo de “Bebê a bordo” na traseira de sua égua branca.
Eis que ela e Drogo passam a se entender maravilhosamente bem e o Khal parece satisfeito com a idéia de ser papai. Acho que posso dizer que cinqüenta por cento daquela Daennerys frágil e assustada foi enterrada e finalmente a personagem está descobrindo que o mundo não vive só de vingança por tronos perdidos e, tão pouco, seu irmão é o senhor absoluto da verdade e da vida dela. E daí se ela acordar o dragão? Tem um Drogo pra botar ele pra dormir outra vez e, só pra constar, fiquem de olho no carinha do chicote, ele será importante.

Agora vamos à Muralha entender o nome do episódio.

Jon Snow finalmente começa seu treinamento pra se tornar um patrulheiro, mas a realidade que ele encontra na Muralha é bem mais dura do que ele poderia imaginar. O garoto tem suas ilusões partidas em mil pedaços ao se deparar com um mando de recrutas despreparados que estão ali por terem roubado, estuprado, ou cometido algum crime menor, enquanto Jon tem seu orgulho e sua honra Stark, junto com todo treinamento que recebeu em Winterfell junto com os irmãos. Essa vida de privilégios em relação aos outros recrutas rende a ele o apelido de Lord Snow e um bulling sem fim.

A coisa só muda de figura quando Tyrion Lannister resolve mostrar a Jon o quanto ele está sendo arrogante com os outros recrutas, deixando claro que nenhum deles teve a sorte de viver num castelo, ser treinado por um mestre de armas e ir para a patrulha por vontade própria. O Duende sugere a Jon que ensine e ajude os companheiros a melhorarem com as armas para que então ele possa ter amigos entre os inimigos.
Ai está o motivo do título da resenha. Observem o Jon e a postura dele a partir daí e façam uma comparação com Robert Baratheon. Um demonstra a liderança nata, a sensibilidade para acolher um bom conselho quando o recebe, o outro não passa de um soldado, alguém que não sabe reconhecer o valor de um conselho e tão pouco pensar antes de tomar atitudes imprudentes. Vamos começar a avaliar de que material são forjados os reis.


Personagem favorito do episódio:
Vou citar três que me encantam profundamente aqui. Mindinho, porque ele simplesmente tem uma cara de filho da puta, sarcástico, irônico e charmoso que me mata. Varys, porque o ator encarnou o personagem totalmente. E por último a Arya que agora está aprendendo a ser gente grande e eu simplesmente ADORO a pessoa!


Comentário inútil e desnecessário da Bee:



Preciso abrir meu coração, já que a Bell perguntou porque eu não falei do Robb, do Theon e do Jon só de toalhinha no primeiro episódio e eu admito que estava sem fôlego de mais pra lembrar de escrever. Agora vou quitar a dívida e extravasar todos os meus hormônios em ebulição dizendo que: JON TENDO TESTOSTERONA RUSH ME MATA DO CORAÇÃO!
Oi treino com espadas. Cada pelinho do meu corpo estava gritando: MACHO ALFA! Ai, G-zui! Morri aqui.

2 comentários:

ana Paula disse...

UAHHUAHUHAUHUA, eu tava esperando por uma resenha do terceiro episodio;
nem preciso dizer q amo a Arya, o Tyrion e o Snow né? e ah! amo de paixão o Lord Stark, não sei pq <3

eu queria muito que a HBO parasse de economizar e mostrasse os lobos =/ pq eles sempre ficam juntos dos Stark né?
aaaaaa tenho tantas expectativas pra Danny, espero q ela nao perca o bebe nem nada; e to amando os nucleo dos Dohtraki tmbm, esse povo selvagem da cor do pecado huhuhuhu

enfi, só elogios pra serie XD

number_six disse...

Caraca, Bee!! Nenhum comentário sobre o Jon é inútil...muito menos desnecessário!!!!!
Quase morro cada vez q ele aparece!!!!

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